Dados da CCEE mostram que a fonte fotovoltaica produziu 3.179 MWmed no período, ante 3.037 MWmed no mesmo intervalo de 2024

A produção de energia solar das usinas fotovoltaicas conectadas ao Sistema Interligado Nacional (SIN) cresceu 4,7% na primeira quinzena de julho, para 3.179 megawatts médios (MWmed), ante 3.037 MWmed no mesmo período de 2024, mostra análise preliminar da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).
Conforme o levantamento, também houve incremento por parte das usinas eólicas e térmicas na quinzena, com avanços de 5% e 16,9%, respectivamente. Já as hidrelétricas tiveram queda de produção de 12,5%. No total, a geração de energia no SIN registrou 68.655 MW médios, redução de 3,8% em relação ao igual período anterior.
Ainda de acordo com o levantamento, o consumo de energia elétrica no SIN registrou queda de -6,6% na primeira quinzena de julho. A CCEE ressaltou que o resultado foi fortemente impactado por dados incompletos de medição. O Ambiente de Contratação Livre (ACL) caiu 4,5% e o Ambiente de Contratação Regulada (ACR) regrediu 8,2%.
Na análise regional, os estados do Rio de Janeiro (-19,7%), Tocantins (-18,9%) e Rondônia (-17,4%) apresentaram as maiores quedas, enquanto Acre (14,8%) e Maranhão (2,6%) as maiores altas. Entre os ramos de atividade, apenas extração de minerais metálicos e têxteis registraram estabilidade, com os demais setores apresentando queda.
Bandeira vermelha
O Brasil terá bandeira tarifária vermelha patamar 2 para o mês de agosto. Com isso, os consumidores de energia elétrica de todo o Brasil terão custo adicional de R$ 7,877 a cada 100 kWh consumidos.
Conforme a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a medida decorre em razão do cenário de afluências abaixo da média em todo o país, que reduz a geração por meio de hidrelétricas. Esse quadro eleva os custos de geração de energia, devido à necessidade de acionamento de fontes mais caras, como as usinas termelétricas.
“Com o acionamento da bandeira vermelha patamar 2, a Aneel reforça a importância da conscientização e do uso responsável da energia elétrica. A economia de energia também contribui para a preservação dos recursos naturais e para a sustentabilidade do setor elétrico como um todo”, disse a agência.
É a primeira vez desde outubro do ano passado que o patamar mais elevado do sistema de bandeiras tarifárias é acionado. Nos últimos dois meses, esteve em vigor no Brasil a bandeira vermelha patamar 1, que acrescenta R$ 4,463 a cada 100 kWh consumidos.
Desde maio, quando a bandeira amarela foi acionada, os consumidores brasileiros enfrentam cobranças adicionais na conta de luz. Anteriormente, entre dezembro e abril, a bandeira tarifária permaneceu verde, refletindo as condições favoráveis de geração de energia no país.
Fonte: https://www.portalsolar.com.br/noticias/operacao-e-expansao/oem/geracao-de-energia-solar-cresce-4-7-na-primeira-quinzena-de-julho